domingo, 1 de junho de 2014

"Todas as cartas de amor são ridículas.
Não seriam cartas de amor se não fossem ridículas.
Também escrevi em meu tempo cartas de amor, como as outras, ridículas.
As cartas de amor, se há amor, têm de ser ridículas.

Mas, afinal, só as criaturas que nunca escreveram cartas de amor é que são ridículas."
       
                                                                                    Álvaro de Campos

domingo, 20 de abril de 2014

      "Um relacionamento deve se basear na cumplicidade, na ajuda mútua e na vontade inesgotável. Então não seja a única pessoa segurando a corda para que tudo não desmorone. Aceite que aquilo que um dia foi bom, hoje não é mais. Solte as mãos e dê o seu mais sincero adeus. É hora de partir."

domingo, 13 de abril de 2014

19 anos!?

      Quatro horas para o meu aniversário e juro que não estou nenhum pouco empolgada. Pra dizer a verdade estou até um pouco tensa. Cara, só de pensar que essas são minhas últimas horas com 19 anos, ou melhor, minhas últimas horas antes de passar pra casa dos 20, já me dá um frio na barriga, um medo ao perceber que estou envelhecendo rápido.
      Olha, demorei um pouco pra continuar a escrever e agora só faltam 30 minutos pro tão esperado dia de todos os anos. 30 pra 20, medo define. Será que quando o relógio marcar meia noite eu me sentirei mais velha? Ou mais madura? Ou melhor, mais ajuizada? Creio que não, mas as pessoas parece que esperam que isso aconteça. E o que eu quero e consigo não conta? Sou e quero continuar sendo uma eterna criança, que vai na rua jogar bola, brinca de esconde-esconde, coleciona figurinhas da copa do mundo e faz charme pra mãe pra receber carinho e atenção.
      Fui uma criança tranquila, mas do meio da adolescência pra cá fiquei muito mimadinha, querendo voltar a infância, mesmo sabendo que isso é impossível. Seria a tal crise dos vinte e poucos anos chegando mais cedo?

      Esse ano não marquei para sair com os amigos, não vou jantar no dia 14 e nem presente ganharei, mas até o momento, isso não me incomodou. É, devo estar amadurecendo.
Na verdade, sabe o que eu queria de verdade? Que as pessoas importantes me ligassem. É, talvez seja um pouco antiquado, mas queria apenas ouvir a voz delas. Seria um ótimo e incrível presente de aniversário.

      Olha, já me parabenizaram e são 23:37 do dia 13/04 e adivinha quem foi o primeiro? O italiano. Quem diria? Vamos ver se continuará bom assim...

terça-feira, 4 de março de 2014

Conversa de início

      Os dois estavam sentados no topo da escada, um silêncio constrangedor os cercando, ninguém ao redor, nada acontecia para soltar um comentário e uma conversa ser iniciada. Ela respira fundo e solta um suspiro, quando ele diz:
      - Vou falar com a minha namorada, você quer conversar com ela?

      Annie era sua amiga, mas será que queria que essa conversa fosse apenas por intermédio dela? Não, pensou melhor.
      - Ah, diz que eu mandei um oi... (Pausa). Mas me diz como vocês se conheceram, estou doida para ouvir sobre essa história de amor. - disse com medo de soar inconveniente ao invés de curiosa.
      Leo abriu um grande sorriso e começou a falar.

      Os dois não se conheciam, haviam se cruzado umas 2 vezes nos últimos 3 dias, mas não trocaram mais que algumas palavras. Não havia sido necessário, então para que forçar algo? Mas agora estavam os dois ali, tendo que passar esse tempo juntos e Katie se sentiu aliviada quando ele passou a falar. Notou que o tom de voz abaixou e parecia um cara normal, e não aquele metido a engraçadinho que tinha se mostrado. Se perdeu no meio da enxurrada de palavras, só admirada com o brilho tímido nos olhos e aquele sorriso lindo de Leo.
      - ... a conheci quando eu menos esperava encontrar alguém, quando meu coração estava fechado após um relacionamento mal sucedido. Ela apareceu como quem não quer nada e quando percebi, já era dona dos meus pensamentos e sentimentos. É a mulher da minha vida, a pessoa com quem quero viver todos os dias e por quem vale a pena esperar e superar essa distância que nos separa.
      - Cara, essa foi a coisa mais bonita que já ouvi na vida. Nunca imaginaria ouvir isso logo de você. Estou encantada com esse amor de vocês! - e foi a vez de Katie não conseguir conter um sorriso de orelha à orelha.

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

      Voltando pra casa presenciei uma cena no ônibus que me deixou bem chateada e enojada com as pessoas.
Um casal (que deveria ter um pouco mais que a minha idade) estava sentado no banco preferencial enquanto tinham 3 velhinhas em pé, na frente deles. Até aí, eu nem vou falar nada, às vezes eles podiam nem ter visto as senhoras, já que estavam muito entretidos no "romance", mas uma deles resolveu pedir o lugar que já era seu por direito e o menino lhe disse que "também estava cansado, pois todos eram seres humanos e seres humanos precisam descansar". Logo em seguida, mais duas mulheres se indignaram e foram reclamar com o casal para que eles respeitassem a idade das senhoras que estavam em pé e saíssem dali, e foi nesse momento em que fiquei mais chocada, pois esperava sinceramente que eles ficassem, no minimo, envergonhados e se levantassem, mas não, disseram "eu paguei igual a ela, tenho o direito de ficar aqui. Cheguei primeiro e sentei, o lugar é meu. Estamos tão cansados quanto, não vou sair daqui, se está incomodada, levante você". Uma delas (a única que estava sentada) se revoltou e cedeu seu lugar para a senhora mais velhinha, já que precisava mais. Minha vontade foi de aplaudi-la, não por ter se levantado, e sim por dar uma lição de hombridade àquele rapaz.

      Não serei hipócrita aqui e dizer que sempre dou meu lugar aos idosos, às vezes estou tão cansada que não tenho nem forças para levantar e ceder o banco, mas não sento em banco preferencial, exatamente porque sei que depois entrará alguém e eu terei que levantar, não porque me obrigaram e sim porque o lugar é deles, tem mais o direito de viajar sentados que eu. Agora, não precisaria que ninguém ficasse lembrando aos outros como serem cidadãos e muito menos a terem educação.
      É uma pena que educação e bom senso não sejam pra todos. Uma pena.

      Engraçado é saber que pessoas que agem assim serão os primeiros a reivindicarem seus direitos no futuro. E pior, ver que eles acham que serão jovens a vida inteira. A juventude é muito fácil, mas ela passa e passa muito rápido.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Certos detalhes

      Me peguei agora pensando em você. Engraçado... logo em você. Fazia uns anos que isso não acontecia, e logo agora, sem motivo algum, cá estou eu.

      Há anos não nos vemos, coisa esquisita para duas pessoas que se viam toda semana. Está tão perto e ao mesmo tempo tão longe...
Nossas vidas tomaram rumos incrivelmente diferentes e seria óbvio nós distanciarmos, o que realmente aconteceu. Nunca deixamos de nos falar, mesmo que em raras ocasiões, mas o contato foi mantido (e agradeço por isso). Você não esqueceu meu aniversário, eu não esqueci o seu e muito menos o nosso. Dia 23 de Abril de 2010 ou 1 de Novembro de 2008, você pode escolher. Sim, ainda continuo boa com datas.

      Ah, já te disse que sou apaixonada pelo seu nome? Sempre fui, o acho lindo.  Deveria usá-lo mais vezes e não só a usual abreviação, sabia?

      Dizem que o primeiro amor a gente nunca esquece, o que pelo visto deve ser verdade, já que meu carinho por você sempre foi e será enorme.
Sinto sua falta, sabia? É, estou admitindo agora. Sinto sua falta, continuo sentindo. Você fez parte dos melhores anos da minha vida, não teria como me sentir diferente.
Talvez seja isso, eu sinta falta daquela época, daquela garota ingênua e daquele garoto engraçado. Dá pra acreditar que já se passaram 6 anos?

      Tenho que contar que há uns 2 anos morri de vontade de te ter de volta, de puxá-lo pra minha vida e nunca mais deixar sair. Mas não podia ser egoísta a esse ponto. Não de novo. Você está feliz e essa seria uma filha da putagem das maiores (tanto comigo, quanto contigo). Não podia te deixar com nenhuma pontinha de dúvida, mesmo que fosse a menor delas.
Talvez se fizesse isso, fosse apenas por um impulso, um desejo de voltar ao tempo. Talvez só quisesse me sentir feliz, com 15 anos de novo. Talvez...

      Confesso que espero que você leia, não por nenhum motivo especial, apenas para que esse desabafo não acabe sendo ao vento. Caso aconteça de vir parar aqui por acaso, me ligue. Quero ouvir sua voz e dar boas risadas. E sei lá, me convide para tomar um café, para botarmos o papo em dia ou apenas para te dar abraço.

                                                         Um beijo, mon amour.

(ouça essa música aqui, sempre vou gostar dela http://www.youtube.com/watch?v=jGvrX0EJPFs)